O Embate das Emissões de GTA

SEM GTA

O Embate das Emissões de GTA

A Guia de Trânsito Animal (GTA) tem sido um dos assuntos mais discutidos entre criadores e órgãos ambientais em diversos estados do país, como Espírito Santo, Rio Grande do Sul e outros. O documento, essencial para o transporte de aves e demais animais, começa a ser alvo de revisões que podem mudar a rotina de milhares de criadores.

Avanços no Rio Grande do Sul

Os gaúchos saíram na frente com importantes avanços desde o início deste ano. Agora, não é mais necessário realizar o encerramento ou “baixa” da guia — apenas a emissão inicial, que pode ser feita diretamente pelo médico veterinário responsável.

Antes, o criador precisava retornar na segunda-feira seguinte ao torneio para concluir a baixa, um processo burocrático que atrasava e desestimulava muitos participantes.

Outra conquista relevante foi o retorno simplificado da GTA para aves que vêm de outros estados. Com a nova regra, o próprio veterinário pode fazer o retorno com seu carimbo e assinatura, sem depender da inspetoria veterinária estadual. Uma mudança que trouxe mais agilidade, confiança e autonomia ao processo.

⚖️ O debate sobre o fim da GTA dentro do próprio estado

Essas melhorias impulsionaram uma nova pauta: o fim da exigência da GTA dentro do próprio estado, especialmente para deslocamentos entre clubes e torneios locais.

A justificativa é simples — todos os eventos oficiais contam com um médico veterinário responsável técnico, que garante a saúde dos pássaros durante o torneio. Caso qualquer ave apresente sinais de anomalia, o profissional tem o dever de retirá-la imediatamente, prevenindo riscos sanitários.

Além disso, todos os criadores já possuem o “selo verde”, um atestado de saúde geral do plantel, emitido por veterinário, comprovando que as aves receberam acompanhamento clínico e estão livres de doenças.

️ Reivindicação nacional e expectativa de mudança

As reuniões entre lideranças e órgãos ambientais estão em andamento. Caso um estado consiga autorização oficial para abolir a emissão da GTA dentro de seu território, isso abrirá jurisprudência para que os demais estados adotem o mesmo modelo — consolidando uma vitória para o setor e reconhecendo a responsabilidade e profissionalismo dos criadores.

O tema segue em debate, e a expectativa é de que, em breve, a burocracia dê lugar à confiança técnica e ao manejo consciente que já é uma realidade nos torneios e criadouros de todo o país.

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