Na tarde desta quinta-feira (12), a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, por meio da Delegacia de Meio Ambiente (DEMA), deflagrou a Operação Canindé, com o objetivo de reprimir crimes contra a fauna, como maus-tratos a animais e falsidade ideológica, nos municípios de Porto Alegre e Novo Hamburgo. A operação contou com o apoio da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA) e teve como objetivo fiscalizar um criadouro de araras.
Durante a ação, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, resultando na captura de 55 araras-canindé (Ara ararauna) e araras-vermelha (Ara chloropterus). A investigação teve início em janeiro deste ano, após uma denúncia dos setores de fiscalização da SEMA. Foi identificado que um criadouro de araras operava sem licença ambiental.
De acordo com a delegada Sámieh Bahjat Saleh, titular da DEMA, o criadouro estava ativo desde 2001, mas nunca atendeu às exigências de melhorias apontadas em diversas fiscalizações ao longo dos anos. Além disso, a investigação revelou que o verdadeiro proprietário do criadouro, um servidor público federal, utilizava o nome de seu irmão como “laranja”, já que ele não poderia exercer outra função remunerada.
Os agentes encontraram as araras mantidas em condições inadequadas, com filhotes confinados em uma cozinha improvisada e insalubre. As araras apresentavam problemas de empenamento e não havia nenhum tipo de enriquecimento ambiental no local, o que contribui para complicações sanitárias, nutricionais e comportamentais nos animais.
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