Doença de Newcastle atrapalha criadores novamente

Doença afeta aves domésticas e silvestres | Reprodução

O ano era 2006, quando o último caso da doença de Newcastle foi encerrado. Na época, os estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul foram fortemente afetados.

Novamente, na última quinta-feira (18), a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul (SEAPI) noticiou novos casos da doença de Newcastle no estado. A partir de um plano de ação, validado junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Através da portaria n° 702 do MAPA, de 18 de julho deste ano, o ministro Carlos Fávaro declarou emergência zoossanitária no estado por 90 dias. Com isso, o trabalho realizado pela federação do Rio Grande do Sul, em relação à apresentação e regulamentação do plano de biosseguridade estará sem validade no período.

 

Reunião da diretoria da FIC junto a SEAPI – Foto: Julia Chagas/Ascom Seapi

Na última reunião entre a presidência da FIC, o Presidente Nelson Arrué, junto do vice-presidente Robinson Becker, foram recebidos na SEAPI, onde apresentaram o trabalho de biosseguridade para o retorno de eventos. O trabalho foi recebido pelo secretário da agricultura Clari Kuhn, junto das veterinárias Alessandra Klein e Daniela Azevedo, responsáveis pelo programa de sanidade avícola. Também compareceram o deputado Aloísio Classmann e o chefe de gabinete Adriano Dornelles, que também é veterinário.

Diretoria da FIC e SEAPI reunidos | Reprodução: FIC

A Doença de Newcastle (Newcastle Disease, ND) é uma doença viral altamente contagiosa que afeta aves, incluindo aves domésticas e selvagens. É causada pelo vírus da Doença de Newcastle (Newcastle Disease Virus, NDV), pertencente ao gênero Avulavirus da família Paramyxoviridae.

Os sintomas da Doença de Newcastle variam conforme a cepa do vírus e a espécie de ave infectada, mas podem incluir:

Sintomas

Respiratórios: tosse, espirros, dificuldade respiratória;
Digestivos: diarreia verde ou aquosa;
Nervosos: tremores, torcicolo, paralisia das asas e pernas;
Outros: diminuição na produção de ovos, ovos de casca fina ou deformados, conjuntivite.

Transmissão

A transmissão ocorre principalmente por:

Contato direto com aves infectadas ou suas secreções;
Fômites: equipamentos, roupas e veículos contaminados;
Aerossol: partículas no ar de fezes secas e secreções respiratórias.

Prevenção

Para prevenir e controlar a Doença de Newcastle:

Vacinação: a vacinação é a principal medida preventiva. Diferentes tipos de vacinas, como vivas atenuadas e inativadas, são usadas;
Biossegurança: implementação rigorosa de práticas de biossegurança para evitar a introdução e disseminação do vírus;
Quarentena: Isolamento de aves suspeitas e novas adições ao plantel.

 

A doença tem um grande impacto econômico devido à alta mortalidade, redução na produção de ovos e carne, e custos com controle e prevenção. Para mais informações detalhadas, consulte fontes confiáveis como a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) e a Food and Agriculture Organization (FAO).

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