A safra 2023/2024 no Brasil sofreu uma queda significativa devido a condições climáticas adversas, de acordo com o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A produção total de grãos foi estimada em 298,41 milhões de toneladas, uma redução de 21,4 milhões de toneladas em comparação ao ciclo anterior. Esse declínio é atribuído, principalmente, ao atraso nas chuvas e à irregularidade nas precipitações durante o ciclo das lavouras, especialmente nas regiões Centro-Oeste, Sudeste, e no Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).
A soja foi uma das culturas mais afetadas, com uma produção estimada de 147,38 milhões de toneladas, 7,23 milhões de grãos a menos do que na safra passada. O atraso nas chuvas e as altas temperaturas causaram replantios e perdas significativas de produtividade, principalmente em Mato Grosso e no Rio Grande do Sul.
No caso do milho, a safra também sofreu com as condições climáticas, com uma queda de 12,3% na produção, totalizando 115,72 milhões de toneladas. O milho foi particularmente afetado por chuvas irregulares e altas temperaturas nas principais regiões produtoras.
Apesar das adversidades, a cultura do algodão registrou um aumento de 15,1% na produção, atingindo um recorde histórico de 3,65 milhões de toneladas de pluma. A área destinada ao cultivo também cresceu expressivamente.
As culturas de arroz e feijão apresentaram crescimento, com o arroz alcançando 10,59 milhões de toneladas, um aumento de 5,5%, enquanto a produção de feijão subiu 7%, com 3,25 milhões de toneladas, impulsionada pelo bom desempenho da segunda safra.
Esses dados ressaltam os desafios enfrentados pelo setor agrícola brasileiro diante das mudanças climáticas, que impactam diretamente a produção e a sustentabilidade do agronegócio.
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