Crianças do projeto Botânico Mirim conhecem o Centro de Triagem de Animais Silvestres de Alagoas

Centro de Triagem de Animais Silvestres de Alagoas
Foto: IMA

Nesta quarta-feira (31), a turma do Botânico Mirim visitou o Centro de Triagem de Animais Silvestres de Alagoas (CETAS-AL). O projeto realizado pelo Instituto do Meio Ambiente de Alagoas reúne 60 crianças de 9 a 12 anos em duas turmas, visando incentivar a educação ambiental na infância. Essa é a segunda edição do programa.

Com duração de dois meses, o cronograma é realizado em 12 encontros. Os participantes terão a oportunidade de aprender de maneira lúdica e integrada, indo para parques, unidades de conservação, instituições; bem como se aventurando em trilhas e visitas, sempre ao lado de profissionais e dos responsáveis que quiserem acompanhar os pequenos durante as ações.

Pérola Marques, médica veterinária do IMA alocada no Centro de Triagem de Animais Silvestres, contou que ficou impressionada com o conhecimento prévio das crianças. “Muitas já chegaram aqui sabendo um pouco sobre os animais, com curiosidade, com brilho nos olhos e sorrisos. As crianças de hoje são os adultos de amanhã, então saber desde cedo sobre o tráfico de animais e o que fazer, a forma correta de agir ao encontrar um animal em situação de perigo ou até mesmo na residência deles, é essencial para que cresçam com essa consciência”, disse a veterinária.

As crianças viram de perto animais silvestres como preguiça-comum (Bradypus variegatus), jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris) e papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) em tratamento. Além desses, conheceram algumas espécies exóticas, como uma cobra-do-milho (Pantherophis guttatus) trazida dos Estados Unidos pelo tráfico. A espécie recebe esse nome porque é comumente utilizada como controle de roedores nas fazendas estadunidenses.

Informações como curiosidades, ficha técnica e ocorrência foram compartilhadas com os pequenos, além de orientações sobre o que fazer caso encontrem uma espécie fora do devido lugar. Assim como vários de seus colegas, Matheus Gonçalves, de oito anos e integrante do Botânico Mirim, fez vários comentários e observações durante a visita.

“Eu gostei muito de ver os animais. O meu favorito foi o bicho-preguiça. Ele é lindo, o meu sonho era ver um. Aprendi aqui hoje que não se pode maltratar a natureza e sobre os cuidados com os animais silvestres”, disse o garoto.

Foto: IMA

Uma atividade na qual os pequenos puderam demonstrar seus conhecimentos sobre os animais encerrou a visita. Para Helena Nascimento, coordenadora do projeto, é importante, mesmo trabalhando mais a questão da flora, que eles conheçam também os animais.

“Eles entenderam a diferença entre animais silvestres e domésticos, porque alguns animais podem ser criados em casa e outros têm que ficar na natureza porque são animais silvestres. Para fixar a imagem, nós fizemos uma atividade sobre como o animal é, o nome deles, para que, quando encontrarem esses animais em alguma situação de resgate, possam contribuir”, explicou Helena.

 

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