SEAPI inicia barreira sanitária para conter foco da doença de Newcastle

Barreiras sanitárias | Foto: Divulgação/SEAPI

Dentre as atividades programadas estão a desinfecção de veículos, vigilância ativa na área atingida e controlando a movimentação de focos do vírus causador da doença.

Após anunciar na última quinta-feira (18) emergência sanitária devido à doença de Newcastle, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (SEAPI) iniciou, neste final de semana, o trabalho de barreiras sanitárias para combater o foco da doença, confirmado em uma granja comercial da cidade de Anta Gorda, interior do Rio Grande do Sul. O plano, posto em prática pela secretaria, estabeleceu oito barreiras sanitárias, cinco no raio de três quilômetros do foco e três na área de vigilância, a dez quilômetros do foco.

A diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da SEAPI, Rosane Collares, explica que: “os fiscais estaduais agropecuários e técnicos agrícolas, com apoio da Brigada Militar, estão fazendo a desinfecção de veículos e controlando a movimentação de animais, camas aviárias, esterco e demais produtos que possam carregar o vírus causador da doença”.

Funcionários da SEAPI realizando a desinfecção de veículos. | Foto: Julia Chagas/Seapi

Incluídos no raio de dez quilômetros do foco, os municípios de Ilópolis, Putinga, Relvado e Doutor Ricardo juntaram seus prefeitos para discutir sobre as ações. É importante alinhar as informações com todos os entes municipais: explicar exatamente o que é um foco de Newcastle, as medidas a serem tomadas, como vamos trabalhar na região, quais são os impactos locais”, detalha a diretora.

Segundo a secretaria, além das barreiras sanitárias, a SEAPI também está conduzindo vigilância ativa, com visita às propriedades que estão no raio de dez quilômetros a partir do foco da doença. São, em torno de, 870 estabelecimentos, entre granjas comerciais e criações de subsistência. “O Serviço Veterinário Oficial do estado já vistoriou 274 propriedades, entre elas 14 granjas de corte localizadas na área. Até agora, não identificamos nenhuma evidência de que tenhamos qualquer outra ave com sinais compatíveis com a doença de Newcastle”, informa Rosane.

Informado nesta segunda-feira (22), até o momento, não houve novas suspeitas de focos da doença. Com resultados negativos nas três investigações realizadas pelo órgão. Uma coleta de amostras de suspeita fundamentada de síndrome respiratória e nervosa das aves, realizada no município de Progresso, foi encaminhada para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (SP).

“Assim que finalizarmos toda a atividade e comprovarmos a ausência de circulação viral, teremos um prazo de 90 dias para reconhecimento internacional de retorno ao status sanitário anterior”, conclui a diretora.

A SEAPI reforça que todas as suspeitas da doença, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à secretaria. Entre os canais disponíveis, estão a Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária, pelo sistema e-Sisbravet ou ainda diretamente pelo WhatsApp (51) 98445-2033.

 

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